Uma proibição do TikTok nos Estados Unidos está a um passo de se tornar real. A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou na última quarta-feira (01/03) por 24 votos a 16 a aprovação de um projeto de lei. Ou seja, dá ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o poder de proibir efetivamente o uso do TikTok entre os americanos.
Agora, a medida será analisada no plenário da Câmara e do Senado dos EUA para definir quais serão os próximos capítulos dessa novela.
A Casa Branca já anunciou a proibição total do TikTok em instalações governamentais, juntamente com outros 30 estados dos EUA. Os mesmo seguiram o exemplo em seus núcleos governamentais. Essa onda de banimentos começou na União Europeia e depois se espalhou para o Canadá e os Estados Unidos com o banimento absoluto do app em todos os dispositivos oficiais.
Leia mais >> Tiktok aumenta o ROAS de quem investe na plataforma
O que motivou essa onda de banimentos?
As tensões entre a China e o Ocidente continuam altas, em grande parte ligadas ao conflito militar na Ucrânia e possíveis ataques de espionagem do país com os EUA.
Como o TikTok pertence à empresa chinesa ByteDance, há preocupações crescentes dos governos. Principalmente, sobre a possível coleta de dados e uso indevido de qualquer informação compartilhada no aplicativo.
E embora o próprio TikTok afirme que todos os dados de usuários dos EUA são armazenados em Cingapura e nos EUA, por exemplo, já existem exemplos de funcionários da ByteDance acessando dados de usuários do TikTok para fins de pesquisa.
Portanto, está claro que as autoridades de segurança têm grandes preocupações sobre o uso dos dados dos americanos e, se isso se aplica a funcionários do governo, é claro que a mesma lógica da proibição também se aplica aos cidadãos comuns.
Leia mais >> 80% dos usuários do TikTok no Brasil dizem confiar e ver a credibilidade dos vídeos que assistem
Então, qual é a direção dessa história?
Não é exagero dizer que o Tik Tok é um fenômeno entre os jovens nos mais diversos países do mundo. Originalmente lançado como uma plataforma para compartilhar vídeos curtos, o TikTok se tornou um serviço de vídeo completo. Ou seja, com conteúdo disponível para todas as regiões.
O aplicativo está disponível em mais de 150 países e tem mais de 1 bilhão de usuários ativos. Só nos EUA, foi baixado mais de 210 milhões de vezes em 2021 e se tornou o app mais baixado do mundo no mesmo ano.
Portanto, não é exagero dizer que proibir o TikTok para cidadãos americanos seria uma grande perda tanto para a empresa quanto para os usuários pesados.
Ainda é difícil prever como as coisas irão. Acredito que a melhor maneira é um acordo no qual o aplicativo esteja trabalhando para separar os dados dos usuários dos EUA da China. Outra alternativa possível seria vender o TikTok para uma empresa norte-americana, como já foi cogitado quando o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tentou banir o app em 2020.
Essa seria uma forma de garantir que uma empresa norte-americana possa controlar os dados dos cidadãos norte-americanos, tornando o governo mais seguro na hora de usar o aplicativo de vídeo em solo norte-americano.
O que podemos concluir?
Mas uma coisa é certa de tudo isso: com tanto dinheiro em jogo, acredito ser praticamente impossível os EUA e a ByteDance não chegarem a um acordo sobre como continuar comercializando o TikTok nos Estados Unidos de forma segura. para ambas as partes.
Há também muitos interesses privados envolvidos neste negócio. O mundo da publicidade de hoje é extremamente cuidadoso em suas estratégias de branding e marketing no TikTok. Com a proibição total do aplicativo nos EUA, muita gente certamente sofreria.
Resta-nos continuar a acompanhar este caso e esperar um desfecho menos dramático, sobretudo para os profissionais de marketing.
Quer ficar por dentro das melhores notícia envolvendo o mundo do marketing? Então clique aqui!