Nos últimos dias, estudiosos levantaram algumas questões sobre o desenvolvimento de novas tecnologias criadas a partir da inteligência artificial. Ou seja, em carta aberta assinada por Elon Musk e mais de mil especialistas de todo o mundo, pedem uma pausa de seis meses nas pesquisas de inteligência artificial. A petição menciona “riscos para a humanidade e a sociedade”.
A carta aberta ocorre em meio a controvérsias em torno do chatbot OpenAI. Incluindo aquelas relacionadas a um incidente recente no qual o Chat GPT4 mentiu para concluir uma tarefa durante um teste de ética de IA.
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Para Paulo Silveira, CEO e cofundador da Alura, o momento atual exige que a empresa de tecnologia e seus líderes olhem, reflitam e pensem com cuidado.
“A carta aberta traz algumas ressalvas que fazem todo o sentido, principalmente sobre a possibilidade de as coisas acontecerem de maneiras que não esperávamos ou queríamos. No entanto, a controvérsia reside mais no fato de que muitas das figuras que se posicionaram na petição estavam, na verdade, tentando se proteger de mudanças repentinas na economia, em vez de pensar no bem-estar da sociedade. Ou seja, este é um cenário muito complicado de avaliar, mas que deve ser visto com algum cepticismo porque pode haver intenções políticas, económicas ou sociais por detrás”, diz Paulo.
Impactos reais
O diretor executivo acrescenta que muitas mudanças relacionadas às tecnologias de inteligência artificial acontecerão em um curto espaço de tempo. Ou seja, terão desenvolvimento acelerado baseado nessas novas ferramentas que temos hoje.
“Não estamos necessariamente falando de inteligência artificial perdendo o controle, pelo contrário, estamos no controle desses novos produtos, isso já é uma realidade. E a grande diferença desse hype em relação a outros como o Web.3 ou a realidade virtual é que ele apareceu e as pessoas já o estão usando e usando, e isso é muito poderoso para uma nova tecnologia porque, embora não tenha um grande desenvolvimento agora, já é muito útil e transformador”, acrescenta.
O desenvolvimento de novas ferramentas de inteligência artificial tem levantado muitos questionamentos em diversas esferas da sociedade. Mas é inegável o quanto grandes players já se movimentaram para surfar nessa onda e como ela já foi incorporada ao cotidiano das pessoas.
Para Fábio Souza, CEO da MRM Brasil, a chegada do ChatGPT e do LLM (Great Language Models) é definitivamente um novo paradigma. Apesar do mercado e das pessoas que já usam IA há muito tempo de maneiras diferentes.
“Como qualquer revolução tecnológica com potencial para mudar tudo (e talvez a democratização da inteligência artificial fosse a mais óbvia e esperada) é uma questão de adaptação e exploração. A diferença é que o acesso é de todos e que hoje aceitamos e utilizamos as mudanças muito mais rápido”, analisou.
Fábio também aponta que a sociedade aprenderá a usar e otimizar esses modelos de IA para produtividade, criatividade e negócios em geral de formas inimagináveis. Ou seja, sobre Fake News e uso de tecnologia para manipulação de dados, o executivo afirma que há um problema de alinhamento e que a inteligência artificial pode ser educada.
“O fator humano e o filtro são fundamentais. Não apenas saber como interagir e perguntar, o que ajuda os desenvolvedores com o problema de alinhamento, mas como usamos a informação. É importante encarar os dados gerados, respostas e/ou criações como ponto de partida ou inspiração, não como fatos absolutos ou produtos finais sem nosso exame ou julgamento”, analisa.
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Relações de consumo
Falando em consumo, vemos que com o advento do Bing usando GPT, muitos consumidores deixaram de usar as ferramentas de busca tradicionais e tiram todas as suas dúvidas com a IA, como se estivessem consultando um amigo que é especialista no assunto e tem a melhor oferta. . indicação. E não estamos longe da IA para “personal shoppers” totalmente personalizados e integrados aos nossos hábitos e finanças.
Para Fábio, isso é emocionante e assustador ao mesmo tempo, porque o potencial AGI (o superinteligente) poderia nos manipular de todas as maneiras que nem imaginamos em distopias de ficção científica, se não tomarmos cuidado.
“Para concluir com uma nota mais otimista, acredito que as marcas devem continuar buscando a conexão humana e a transparência por meio da IA para cocriar e abrir novas oportunidades para aprimorar a interação do consumidor com seus produtos ou serviços”, conclui.
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