90% dos consumidores querem falar com as empresas por meio de mensagens. Esses dados, coletados pelo Twilio, por si só contribuem para que o marketing conversacional seja uma ferramenta poderosa hoje. E ela deve ganhar ainda mais espaço nos próximos anos.
O poder das mensagens diretas entre consumidores e empresas pode ser explicado por uma necessidade humana básica: a busca por informações. Para entender os detalhes de diferentes contextos e situações, as pessoas buscam pistas em fontes confiáveis. Ou seja, para obter informações relacionadas à resolução de dúvidas ou objetivos – uma necessidade que se estende ao campo do marketing.
Nesta área, as ferramentas de conversação são uma excelente fonte de informação. Ou seja, eles têm o poder de tirar dúvidas tanto de consumidores que querem saber sobre produtos e serviços, quanto de empresas que precisam conhecer o cliente para gerar uma conversão.
“É possível trocar informações, engajar os clientes na equipe de vendas, melhorar o relacionamento e vender mais. Se comunicarmos da forma que o cliente deseja comunicar, alcançaremos melhores resultados”, enfatiza Fabrício Toledo, CEO e cofundador da Leadster, em entrevista ao Clube Mundo do Marketing.
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Marketing conversacional em números
Conceito pouco discutido no Brasil, o marketing conversacional vem produzindo resultados expressivos em outras partes do mundo. Os dados levantados pela pesquisa Panorama do Marketing Conversacional 2021 mostraram que 54% dos profissionais que dominam essas ferramentas perceberam um aumento no número de leads qualificados. No entanto 49% perceberam uma melhora no número de engajamentos e no tempo médio de permanência dos visitantes no site.
Os números apóiam uma nova tendência no comportamento do consumidor que vê as mensagens como uma forma rápida e direta de se comunicar com as empresas.
“Os visitantes de hoje querem experiências em tempo real. O cliente odeia esperar e, quando está disponível para falar com a empresa, quer uma resposta imediata”, destaca Toledo.
Nesse contexto, para enfrentar a dinâmica de um consumidor cada vez mais exigente, ferramentas de conversação como chatbots que podem ser instalados em sites e canais de WhatsApp e Telegram ganham espaço ao conseguir contornar as demandas do imediatismo. Essa característica pode trazer grandes ganhos no relacionamento com o consumidor brasileiro: segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o país mais ansioso do mundo.
Além disso, as ferramentas de conversação também oferecem diferenças para uma disputa já arraigada. Os dados da Nielsen indicam que a atenção de um visitante em um site dura em média oito segundos. Como há pouco tempo para capturar o foco do consumidor, as empresas podem usar os chats para contatar e atender um cliente em menos de um minuto. Ao atender a esse requisito, as marcas aumentam em 391% a chance de converter um cliente para a próxima etapa da compra, segundo a Velocify.
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Marketing conversacional na prática
O caso da Revenda Mais, empresa cliente da Leadster, ajuda a entender a eficácia do marketing conversacional, principalmente em termos de taxa de geração de leads e taxa de conversão. Em 2019, a empresa, que atua no segmento automotivo, gerou 3.800 potenciais clientes com taxa de conversão de 1,3%. Após a implementação das ferramentas de conversação, a operação web gerou 9.400 leads e quase triplicou a taxa de conversão para 3,2%.
Mas aumentar essas taxas exigia mais do que apenas conversas entre a empresa e seus clientes. A eficácia das ferramentas de chat está diretamente relacionada à relevância das mensagens programadas para os consumidores. “Não é só falar, mas falar sobre o que aquela pessoa está procurando e o que ela está interessada naquele momento. O grande segredo do marketing conversacional é ser relevante, conversar e fazer perguntas ligadas a um objetivo específico”, explica Toledo.
No caso do Revenda Mais, um dos pilares para a construção de relevância é a customização das janelas de chat. Um chatbot no site da empresa, programado para ter diferentes conversas a cada página visitada, é capaz de tirar dúvidas e oferecer respostas e soluções específicas relacionadas às páginas de produtos comercializados pela marca.
“Se as pessoas têm pouca atenção e estamos competindo com vários sites e concorrentes online, precisamos ser capazes de falar especificamente sobre o que as pessoas estão procurando”, conclui o CEO.
Em entrevista, Fabrício Toledo trouxe números e insights de outro case envolvendo a Leadster e analisou o desempenho de formulários e chatbots tradicionais e comparou a taxa de evasão de usuários para fornecer dados e informações em diferentes plataformas.
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