A exclusão digital está diminuindo a cada dia na América Latina. À medida que mais e mais usuários se conectam por meio de smartphones ou dispositivos portáteis, as marcas estão constantemente procurando novas maneiras de se conectar com eles. Ou seja, ganhar sua lealdade em um mar de produtos e serviços concorrentes. Para atingir esses novos grupos com criatividade e autenticidade, os influenciadores se tornaram parte indispensável de muitas estratégias de marketing. Ou seja, são cada vez mais utilizados em campanhas de todos os tipos para dar um toque pessoal à transação comercial.
A publicidade digital na América Latina vai quadruplicar aproximadamente entre 2020 e 2022, passando de 7,92 bilhões para 34,7 bilhões. Segundo dados do The Largest Influencer Study in Latin America in 2023 – Influencity. O investimento total é pouco mais de um terço do que foi investido na Europa (89,4 bilhões) e oito vezes menos do que foi investido nos Estados Unidos (283 bilhões).
A maioria desses investimentos vem do Brasil (34% dos investimentos totais), seguido pela Colômbia (21%) e México (16%). Ou seja, a população do Brasil também cresceu significativamente, passando de 642,8 milhões em 2020 para 646,1 milhões. Das 646,1 milhões de pessoas cadastradas em 2023, 207,6 milhões são usuários do Instagram. Isso significa que 32% da população total usa esse aplicativo para se conectar, compartilhar fotos e pesquisar. Em 2020, esse percentual foi significativamente menor (26,2%).
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Crescimento Gradual
Em 2023, havia 18,9 milhões de influenciadores do Instagram na América Latina. Ou seja, significa que os influenciadores representam 9% de todos os usuários do Instagram na região e 3% da população total. Embora a América Latina possa ser vista como um mercado promissor, a realidade é que a “densidade de influenciadores” da região – a porcentagem de influenciadores na população total – é a mesma dos Estados Unidos.Ou seja, os influenciadores representam 3% da população nos Estados Unidos e na América Latina.
Este fato é ainda mais impressionante quando comparado com os resultados do outro lado do Atlântico – a densidade de influenciadores registada no estudo europeu Influencity de 2023 foi de apenas 1,6%. A distribuição demográfica da região permaneceu estável em relação ao estudo de 2020, com 62,3% de influenciadores do sexo feminino e 37,7% do sexo masculino.
A contribuição do Brasil para o mercado de influenciadores na América Latina não pode ser exagerada. No entanto, os influenciadores brasileiros compõem a maioria de todas as categorias. Isso talvez não seja surpreendente, visto que o Brasil tem a maior população de todos os países deste estudo e tem o maior investimento em publicidade digital (34% do total da região).
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Alto número de influenciadores, baixo investimento
Apesar desse grande aumento no investimento, a América Latina ainda fica atrás das outras regiões pesquisadas. Para ilustrar, basta comparar os investimentos dos países latino-americanos (34,7 bilhões) com os dos Estados Unidos (283 bilhões).
No entanto, esse enorme investimento dos Estados Unidos não se traduziu em uma proporção maior de influenciadores na população em geral. Ou seja, na verdade, a “densidade de influenciadores” dos EUA – a porcentagem de influenciadores na população total – é de 3,1%. Na América Latina, esse percentual é de 2,9%, enquanto há dois anos apenas 1,9% da população local poderia ser considerada influenciadora.
Existem duas explicações possíveis para esse crescimento dramático: a transformação digital e a ascensão dos usuários do Instagram. À medida que as lojas se movem para o online, os consumidores estão recorrendo a outros meios para ter uma ideia de como será o produto que estão prestes a comprar. Os influenciadores podem ajudar a colocar produtos e serviços em contexto, e os usuários do Instagram com seguidores leais podem ter visto uma oportunidade de explorar a economia do criador.
Em segundo lugar, mais pessoas estão se inscrevendo e participando. Estima-se que aproximadamente 70% dos latino-americanos possuem um smartphone. Esse número inclui usuários da Geração Z que estão adquirindo seus primeiros telefones e adultos que podem estar se conectando via smartphone pela primeira vez em suas vidas. De qualquer forma, mais pessoas conectadas significam mais oportunidades de vendas, e setores de jogos a hospitalidade e tudo mais estão ansiosos para explorar esse novo mercado.
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