99,87% dos brasileiros gostam de pizza. A informação em si não traz surpresas. Por isso estamos mudando a forma de abordar os números: 0,13% dos brasileiros não gostam de pizza, segundo pesquisa publicada no ano passado pela Toluna. Não se sabe onde estão essas pessoas e como vivem – o que é certo é que a paixão nacional pela pizza coloca o Brasil em segundo lugar no consumo mundial da primeira fruta italiana.
Não é por acaso que grandes empresas do setor, como a Pizza Hut, encontram espaço no país. Presente no mercado brasileiro desde 1992, a rede americana vive um boom de crescimento iniciado em 2020, expandindo significativamente sua atuação no mercado interno. Atualmente, a operação brasileira conta com 260 lojas em todo o país.
As estratégias que impulsionam o crescimento da Pizza Hut focam em oferecer conveniência a um consumidor que mudou drasticamente seus hábitos de consumo durante a pandemia, impulsionando a criação de novos modelos de restaurante, novos sabores de pizza e, por último, mas não menos importante, o namoro com o universo digital.
“Tivemos que mudar nosso modelo de operação, nossos produtos, nossas embalagens e principalmente a forma de nos comunicarmos com nossos clientes”
aponta Alex Bx, CMO da Pizza Hut no Brasil.
Leia também >> Livros que todo copywriter deve ler
O cliente está certo
De acordo com uma pesquisa da Toluna, 21% dos entrevistados disseram que comem pizza mais de duas vezes por semana. A informação levanta a questão: para onde vão esses consumidores? Para a Pizza Hut, essa pergunta admite diferentes respostas.
“Atualmente, estamos apostando em um modelo híbrido que combina um restaurante tradicional com um número reduzido de lugares, focado principalmente em atender o cliente em casa por meio do delivery”
começa o CMO.
Além dos modelos híbridos e tradicionais, a empresa também está investindo em unidades com foco em mobilidade.
“O modelo de quiosque requer muito menos investimento e proporciona um excelente retorno nas vendas. Além disso, é um formato que possibilita a presença em ocasiões em que o consumidor está em trânsito, como estações de metrô, trens e áreas de alto tráfego como estádios de futebol”
continua.
As estratégias para consolidar a presença da marca também contemplam os consumidores que, por motivos sempre recorrentes, não vão a lugar algum.
“Estamos na era da digitalização, porque a pizza, que antes era um momento especial aos domingos, uma atração para o jantar em família, passou a ser um produto do aconchego do lar. Hoje, cerca de 40% das nossas vendas são digitais”
explica Bx.
Mais do que olhar para o cliente, as estratégias de expansão estudaram as mudanças nos hábitos do consumidor brasileiro que foram desencadeadas principalmente nos anos de pandemia.
“O consumidor está muito mais exigente em preço, qualidade e prazo. A conveniência tornou-se mais importante do que nunca e quanto mais próximo do consumidor, seja por meio de grandes marketplaces ou por canais próprios, melhor para a marca”
finaliza.
Leia mais >> O que é um nômade digital?
Pilares de marketing da Pizza Hut
Sabor, leveza e juventude. Com base nestes três pilares, a Pizza Hut desenvolve estratégias que incluem diferentes camadas operacionais, desde a produção de novos produtos até à reformulação dos processos de comunicação da empresa.
O mais óbvio dos três, o pilar sabor descreve as iniciativas da marca para a qualidade de seu carro-chefe, assim como as opções de inovação do cardápio.
“Procuramos sempre oferecer pizzas saborosas com queijo derretido, muitos recheios e pedaços grandes que as pessoas possam segurar na mão. O perdão é muito importante em tudo o que fazemos, seja ao nível dos produtos que compõem a gama, seja ao nível da inovação”
explica Bx.
O Pilar de Conveniência descreve os movimentos que aproximam a Pizza Hut dos consumidores onde quer que estejam. “Esse pilar está diretamente relacionado à criação e estabelecimento de mais canais de venda, ou seja, mais lojas, mais presença digital e aplicativos mais personalizados, intuitivos e de fácil acesso para os consumidores”
continua.
Por fim, o pilar juventude refere-se à atenção de uma marca que, aos 31 anos, percebe a necessidade de se reinventar para dialogar com seu público-alvo.
“O público mais forte da pizza no Brasil hoje são os consumidores entre 18 e 30 anos. Então temos que ser jovens e atuais. No ano passado quando relançamos a marca, fizemos a campanha ‘Dá um Hut’ onde mudamos a forma de comunicar para nos conectarmos com este consumidor e a iniciativa teve muito sucesso”
conclui o CMO.
Em entrevista, Alex Bx explicou como as marcas podem se atualizar constantemente para estar em sintonia com os consumidores. O CMO também abordou as principais métricas e dados que os profissionais de marketing modernos precisam medir e analisar, trazendo insights que permeiam a rotina da profissão.
